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Existe uma Ligação Preocupante?

A adenomiose é uma condição ginecológica na qual o tecido glandular endometrial, que normalmente reveste o interior do útero, cresce dentro do músculo uterino (miométrio). Esse crescimento anormal do endométrio no miométrio pode levar a várias alterações no útero. Muitos pacientes têm dúvidas se existe uma ligação entre Adenomiose e Câncer e preparei esse artigo para esclarecer o tema. Saiba mais!

Adenomiose e Câncer

Saiba mais sobre Adenomiose

A causa exata da adenomiose ainda não é completamente compreendida, mas existem algumas teorias sobre o seu desenvolvimento. Acredita-se que fatores hormonais, como os níveis de estrogênio, possam desempenhar um papel no crescimento anormal do tecido endometrial. Traumas uterinos, como cirurgias uterinas prévias, também podem contribuir para o desenvolvimento da adenomiose.

A adenomiose pode ocorrer em mulheres de diferentes faixas etárias, mas é mais comum em mulheres de meia-idade e nas que já tiveram filhos. Os principais sintomas da adenomiose podem incluir:

  • Sangramento uterino anormal: a adenomiose está frequentemente associada a sangramento menstrual intenso e prolongado. As mulheres podem ter períodos mais longos e pesados, com coágulos sanguíneos.
  • Dor pélvica: muitas mulheres com adenomiose experimentam dor pélvica crônica ou cólicas menstruais intensas. A dor pode ser constante ou intermitente e pode piorar durante a menstruação.
  • Aumento do volume uterino: a adenomiose pode causar aumento do tamanho do útero, o que pode ser detectado durante um exame pélvico.

O diagnóstico da adenomiose pode ser desafiador, pois seus sintomas podem ser semelhantes aos de outras condições uterinas, como miomas uterinos ou endometriose. Frente à suspeita de adenomiose, exames como a ultrassonografia transvaginal, ressonância magnética (RM) ou histeroscopia, podem ser usados para auxiliar no diagnóstico, porém o diagnóstico de adenomiose por exames de imagem não é muito simples. 

O tratamento da adenomiose pode variar dependendo da gravidade dos sintomas e do desejo reprodutivo da mulher. As opções de tratamento podem incluir:

  • Medicamentos para controle da dor e redução do sangramento, como analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e contraceptivos hormonais, principalmente DIUs hormonais.
  • Ablação endometrial ou embolização uterina para aliviar os sintomas.
  • Histerectomia, sendo uma opção definitiva para casos graves ou quando a mulher não deseja mais ter filhos.
  • Retirada focal do tecido por histeroscopia (possível somente em casos muito selecionados)

É importante consultar um médico especialista em ginecologia para obter um diagnóstico adequado e discutir as opções de tratamento mais adequadas para cada caso individual de adenomiose.

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A adenomiose tem cura?

A adenomiose é uma condição crônica e, atualmente, não existe uma cura definitiva para ela. No entanto, existem várias opções de tratamento disponíveis para ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas pela adenomiose.

As opções de tratamento para a adenomiose podem variar dependendo da gravidade dos sintomas, da idade da mulher, do desejo reprodutivo e de outros fatores individuais. Algumas opções de tratamento incluem:

  • Medicamentos: medicamentos podem ser prescritos para ajudar no controle dos sintomas, como dor pélvica e sangramento uterino anormal. Isso pode incluir analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e contraceptivos hormonais, como pílulas anticoncepcionais, dispositivos intrauterinos (DIU) liberadores de progesterona ou implantes subcutâneos de progestina.
  • Ablação endometrial: a ablação endometrial é um procedimento que envolve a destruição do revestimento interno do útero (endométrio) para reduzir o sangramento uterino anormal associado à adenomiose.
  • Retirada do tecido adenomiótico por histeroscopia: cirurgia em que o músculo com adenomiose é cortado por histeroscopia. Possível em casos muito específicos. 
  • Embolização uterina: esse procedimento minimamente invasivo envolve a obstrução dos vasos sanguíneos que fornecem sangue ao útero, o que pode ajudar a reduzir os sintomas da adenomiose, como sangramento e dor.
  • Histerectomia: em casos graves de adenomiose, quando os sintomas são debilitantes ou quando outros tratamentos não são eficazes, a histerectomia (remoção cirúrgica do útero) pode ser considerada. A histerectomia é uma opção definitiva, mas só é recomendada quando a mulher não deseja mais ter filhos.

Cada opção de tratamento tem seus próprios benefícios, riscos e considerações individuais. É importante discutir com um médico especialista as opções de tratamento disponíveis e considerar os fatores específicos do seu caso, como sintomas, idade, desejo reprodutivo e preferências pessoais.

Embora a adenomiose não tenha uma cura definitiva, o tratamento adequado pode ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Adenomiose e Câncer: existe uma ligação preocupante?

A relação entre ADENOMIOSE E CÂNCER não é completamente compreendida, e estudos sobre essa associação ainda estão em andamento. No entanto, até o momento, não existe uma ligação clara e preocupante entre a adenomiose e o desenvolvimento de câncer.

A adenomiose é uma condição benigna na qual o tecido endometrial cresce dentro do músculo uterino. Embora possa causar sintomas significativos, como sangramento uterino anormal e dor pélvica, a adenomiose em si não é considerada uma condição pré-cancerígena.

No entanto, é importante ressaltar que, a adenomiose e o câncer de endométrio (o revestimento uterino), têm a invasão do tecido endometrial para dentro da musculatura uterina como ponto comum. Além disso, alguns estudos sugerem uma possível associação entre adenomiose e um risco levemente aumentado de câncer de endométrio. No entanto, essa associação ainda não está completamente estabelecida e é alvo de pesquisas adicionais.

É fundamental enfatizar que o câncer de endométrio é uma condição distinta e diferente da adenomiose. O câncer de endométrio é um tipo de câncer que se desenvolve no revestimento uterino e é influenciado por diversos fatores, como idade, história reprodutiva, obesidade e exposição prolongada a altos níveis de estrogênio.

Se você foi diagnosticada com adenomiose, é importante continuar a monitorar sua saúde ginecológica e seguir as recomendações do seu médico. Mantenha-se em dia com exames regulares, como o Papanicolau e a ultrassonografia, e discuta quaisquer preocupações ou sintomas novos com seu médico.
Cada caso é único, e é importante ter uma avaliação individualizada por um médico especialista para obter informações e orientações específicas para o seu quadro clínico. Vamos conversar! Agende uma consulta comigo e esclareça suas dúvidas sobre Adenomiose e Câncer!


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