O útero tem 3 camadas: o endométrio, o miométrio e a serosa.
A adenomiose é uma condição em que o tecido do endométrio (camada mais interna do útero) está presente no miométrio (camada muscular do útero). Durante o ciclo menstrual o endométrio é estimulado para receber um óvulo fecundado, sendo que na ausência da implantação de um embrião ocorre a descamação do endométrio – o que nada mais é do que a menstruação.
Quem tem adenomiose – ou seja, endométrio fora do local habitual no útero – também tem esses focos estimulados durante o ciclo, o que pode levar a contrações uterinas dolorosas e cólicas. Além disso, pessoas com adenomiose têm o endométrio menos sensível a alguns tipos de hormônios, podendo acarretar em sangramento aumentado.
Adenomiose
A suspeita diagnóstica é feita através da história clínica e exame físico, com auxílio de exames como: ultrassom, ressonância magnética, exame de histeroscopia com visualização de focos de adenomiose ou através de análise histopatológica (análise dos tecidos após a retirada do útero).
O diagnóstico nem sempre é claro e a avaliação da presença de adenomiose pode ser uma difícil tarefa para o médico radiologista.
Quais os sintomas da adenomiose?
Parte das pacientes com adenomiose têm cólicas menstruais mais dolorosas e sangramento menstrual aumentado, dor pélvica e dor durante relações sexuais (principalmente no período menstrual).
A adenomiose também pode levar a alterações da fertilidade e a algumas complicações na gestação (incidência um pouco maior de abortos e parto prematuro)
A adenomiose também pode ser assintomática em uma grande parcela de pacientes.
Não se sabe ao certo o que leva à adenomiose, porém sabem que ela está presente frequentemente em pessoas com endometriose e vice-versa.
Como tratar a adenomiose?
Existem diversas formas de tratar a adenomiose. O tratamento vai depender dos principais sintomas apresentados pela paciente, localização e extensão dos focos, desejo de ter filhos ou de preservar o útero, além de indicações/contra indicações ou adaptação/ não adaptação aos tratamentos disponíveis.
Resumidamente, o tratamento pode incluir uso de alguns hormônios como anticoncepcionais, progestagênios, uso de DIUs medicados e análogos de GnRH (bloqueiam a menstruação e induzem uma menopausa). Métodos não hormonais como anti-inflamatórios e ácido valpróico também podem ser usados além dos tratamentos cirúrgicos e ressecção cirúrgica dos focos e/ou retirada do útero.
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