Os genes BRCA1 e BRCA2 têm um papel fundamental no manejo do Câncer Ginecológico.
Estes genes, quando mutados, aumentam significativamente o risco de desenvolver câncer de mama e ovário, entre outros.
A influência dos genes BRCA no câncer ginecológico
Os genes BRCA1 e BRCA2 são conhecidos por seu papel na reparação do DNA.
Quando funcionam corretamente, eles ajudam a garantir a estabilidade do material genético das células e previnem o desenvolvimento de mutações que podem levar ao câncer.
No entanto, mutações nesses genes podem comprometer essa função, aumentando o risco de desenvolvimento de cânceres, principalmente de mama e ovário.
Na ginecologia oncológica, o teste genético para detectar mutações nos genes BRCA é feito para o planejamento do tratamento e das estratégias de prevenção em pacientes de alto risco.
O que é o tratamento profilático?
Diante do risco aumentado de câncer associado às mutações BRCA, opções de tratamento profilático, como a mastectomia e a salpingo-ooforectomia bilateral (retirada de ovários e tubas bilateralmente), tornam-se estratégias valiosas.
Essas intervenções são consideradas quando o risco de desenvolver câncer é significativamente elevado e a paciente opta por uma abordagem proativa.
Um exemplo notório dessa estratégia foi a decisão da atriz Angelina Jolie, que optou pela adenomastectomia e salpingo-ooforectomia bilateral após descobrir que carregava uma mutação no gene BRCA1.
Esta decisão, amplamente divulgada, aumentou a conscientização sobre as opções de manejo de risco para mulheres com histórico familiar significativo de câncer.
Síndrome de Lynch e sua relação com os genes BRCA
Além dos genes BRCA, a Síndrome de Lynch é outra condição genética que aumenta o risco de vários tipos de câncer, incluindo o câncer de endométrio e ovário.
Embora seja mais comumente associada ao câncer colorretal, sua relevância no câncer ginecológico não pode ser subestimada.
O monitoramento e a gestão de mulheres com Síndrome de Lynch também podem incluir estratégias profiláticas, semelhantes àquelas usadas para mutações BRCA, dependendo do perfil de risco individual e das preferências da paciente.
Promovendo conscientização e diálogo aberto
A história de Angelina Jolie e sua decisão de tornar pública sua situação trouxeram uma grande visibilidade para o debate sobre o risco genético e a prevenção do câncer.
É essencial que continuemos a promover a conscientização sobre as opções genéticas e as estratégias de prevenção entre todas as mulheres, especialmente aquelas com um histórico familiar significativo de câncer.
O papel dos médicos, incluindo ginecologistas oncológicos, é fundamental para facilitar esse diálogo aberto.
A educação e o suporte contínuos ajudam as pacientes a fazer escolhas informadas sobre seu cuidado de saúde, encorajando-as a participar ativamente no planejamento de seu tratamento e prevenção.
Através de uma abordagem proativa e informada, é possível oferecer às mulheres estratégias eficazes de prevenção e tratamento do “Câncer Ginecológico”, melhorando significativamente suas perspectivas e qualidade de vida.
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Ginecologista Obstetra
Especialista em Endoscopia Ginecológica / Cirurgia minimamente invasiva
Ginecologista Oncológica
CRM: 168500 – SP | RQE 114443
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