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Ginecologia Oncológica é uma área pouco falada, mas que tem extrema importância para a ginecologia. Ela acompanha mulheres em todo o seu percurso de tratamento do câncer no aparelho reprodutor, promovendo o controle da doença e a qualidade de vida das pacientes.

Conheça a seguir os principais detalhes sobre a ginecologia oncológica. Vamos lá?

O que é Ginecologia Oncológica?

A ginecologia oncológica é a especialidade responsável por realizar o tratamento cirúrgico e o seguimento de pacientes com câncer ginecológico. Mesmo que seja mais indicado um tratamento não cirúrgico, o ginecologista oncológico examina e acompanha a paciente e age em conjunto com oncologistas, psicólogos, enfermeiros, médicos radioterapeutas e especialistas em outras áreas para promover o bem-estar da paciente.

Por que a Ginecologia Oncológica é importante?

Alguns tipos de câncer ginecológico são raros, enquanto outros estão entre os tumores mais comuns entre as mulheres. A ginecologia oncológica tem o papel de conscientizar sobre essa doença, preveni-la, diagnosticá-la e tratar as pacientes, seja qual for o estágio do câncer e os seus efeitos.

A área deve fornecer um acompanhamento completo para a mulher, não apenas focando na doença, mas dando apoio e suporte para a paciente e sua família. Com os conhecimentos de seus profissionais, é possível alcançar a cura em muitos casos e promover o máximo de qualidade de vida para todas, tratando cada pessoa com respeito e expertise que fazem toda a diferença.

Tipos de câncer ginecológico

Agora que você já sabe o que é a ginecologia oncológica, vamos explicar os principais tipos de câncer tratados pela área. Conheça seus sintomas e fatores de risco.

Câncer de ovário

Os ovários são os responsáveis pela produção de óvulos e de hormônios sexuais femininos e masculinos. O seu câncer é o segundo mais comum na área ginecológica, sendo que 95% dos casos se desenvolvem nas células epiteliais (seu tecido), enquanto os outros 5% ocorrem em suas demais estruturas.

O câncer de ovário é conhecido por ser silencioso, com seus sintomas sendo facilmente confundidos com outras doenças ou se manifestando apenas quando o tumor já está mais avançado.

Seus principais sinais incluem:

  • Dor abdominal;
  • Dor pélvica;
  • Mudanças nos hábitos intestinais;
  • Náuseas;
  • Presença de líquido ou nódulo no abdômen;
  • Perda de peso;
  • Perda de apetite;
  • Fadiga.

Esse câncer é mais comum em mulheres com mais de 50 anos, com histórico familiar de câncer de mama ou câncer de ovário. 

Câncer de endométrio

O endométrio é o tecido que reveste a cavidade interna do útero, sendo que o seu câncer costuma começar como uma lesão pré-maligna, chamada de hiperplasia atípica. Quando o tumor se desenvolve, pode haver a invasão da camada externa do útero (miométrio) e de outros órgãos e estruturas, como a vagina e o colo uterino.

Esse câncer também pode se iniciar de forma silenciosa, sendo que, quando os sintomas aparecem, eles incluem:

  • Dor pélvica;
  • Dor durante a relação sexual;
  • Menstruação irregular ou muito intensa;
  • Sangramento vaginal;
  • Anemia;
  • Fadiga.

O quadro é mais comum depois dos 60 anos de idade, depois da menopausa.

Câncer de colo do útero

O câncer de colo do útero é o mais comum na área da ginecologia oncológica. Ele tem como suas principais causas o HPV (Papilomavírus Humano), o ato sexual sem proteção, a primeira relação sexual em idade precoce e a ocorrência de várias gestações, entre outros fatores.

A doença ocorre mais entre os 40 e os 60 anos de idade e tem como seus principais sintomas:

  • Corrimento persistente com forte odor;
  • O sangramento depois da relação sexual;
  • A dor pélvica;
  • O sangramento vaginal.

Assim como os demais cânceres ginecológicos, porém, ele também costuma começar a se desenvolver de forma silenciosa.

Câncer de vulva

A vulva é formada por estruturas como os pequenos e grandes lábios e o clitóris, entre outros mecanismos que lubrificam e protegem a vagina. O câncer nessa região é raro, tendo um desenvolvimento mais lento e vindo geralmente de outras lesões.

O quadro é mais comum depois dos 50 anos de idade e tem como seus fatores de risco o contágio com HPV, o sexo sem proteção e a idade precoce da primeira relação sexual. A doença começa de forma silenciosa, mas seus principais sintomas incluem:

  • O surgimento de nódulo rugoso ou áspero na região;
  • As sensações como ardência, coceira ou dor na região;
  • A dor ao urinar;
  • O sangramento fora do período de menstruação.

Diagnóstico

Na ginecologia oncológica o diagnóstico começa com os exames de rotina feitos no check up com o ginecologista. São feitos exames de rotina, que identificam alterações no útero e em todo o aparelho reprodutor.

A avaliação também pode ser feita a partir do momento em que a mulher identifica algum sinal. Como os cânceres ginecológicos costumam se iniciar de forma silenciosa, porém, é fundamental fazer esse acompanhamento regular para identificar as doenças no começo, facilitando seu tratamento e aumentando as chances de cura.

Exames de rotina

Os principais exames de rotina feitos na consulta ginecológica são:

  • O papanicolau: o médico examina a região externa da vagina, analisa o útero a partir de um instrumento inserido no canal vaginal e coleta uma amostra do colo do útero, para avaliar a existência de doenças e alterações nessa estrutura;
  • A ultrassonografia pélvica e o ultrassom transvaginal: o médico tem acesso a imagens nítidas e detalhadas de estruturas como o útero e os ovários, detectando possíveis alterações;
  • A biópsia: quando existe suspeita de alguma doença ou alteração, o médico solicita a coleta de uma amostra de tecido do local para análise laboratorial. O exame permite detectar se um nódulo é benigno, por exemplo.

Estadiamento do câncer

Se for confirmado o diagnóstico de câncer ginecológico, é preciso analisar sua extensão, investigando se o tumor se espalhou e como ele está afetando a paciente. São feitos exames para avaliar os órgãos próximos e o organismo de um modo geral, com procedimentos como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e o ultrassom.

Essa análise é fundamental para definir o melhor tratamento, verificando se será preciso contar com a ajuda de outros oncologistas e quais as melhores medidas em cada caso.

Tratamento

O tratamento na ginecologia oncológica é definido de acordo com as particularidades de cada situação. A cirurgia é um dos métodos mais utilizados, mas também existem o tratamento clínico e os métodos complementares.

Existe uma concepção errônea de que a não realização de uma cirurgia para retirar o tumor é sinônimo de incurabilidade. Felizmente, a medicina tem avançado muito e podemos ter ótimos desfechos quando a cirurgia não é passível de ser feita. Além disso, o tratamento clínico e cirúrgico podem se complementar e não são mutuamente exclusivos.

Em casos em que não há proposta de cura, o tratamento clínico ainda pode ser um grande aliado no controle da doença, permitindo que a paciente viva com melhor qualidade de vida. Assim, todos os meios são importantes e é preciso contar com uma boa equipe multidisciplinar, que ofereça o suporte necessário.

Cirurgia

As cirurgias para a retirada de tumores podem representar maior complexidade para o cirurgião e devem respeitar os princípios técnicas e passos específicos. Além disso, o câncer pode ter um comportamento imprevisível afetando outros órgãos ao seu redor, o que exige um médico preparado para tal.

O tratamento cirúrgico do paciente com câncer pode ser feito para fins diagnósticos, para reduzir sintomas e desconfortos, para a cura ou para o tratamento de complicações da doença e/ou suas implicações.

Quimioterapia

A quimioterapia consiste no uso de medicamentos específicos para destruir ou impedir o crescimento das células do tumor. Podem ser consumidas medicações únicas ou combinadas, que agem em todo o corpo da paciente para combater os efeitos do câncer.

Essas medicações podem ser administradas de forma oral, com injeções nos músculos ou nas veias, ou mesmo em forma de pomadas, sendo que o melhor método é definido pelo profissional.

Radioterapia

A radioterapia consiste na utilização de radiação ionizante para destruir ou impedir a multiplicação das células do tumor. É um tratamento indolor, que também pode ser muito eficiente para o controle do câncer e a qualidade de vida da paciente.

Terapia Hormonal

A hormonioterapia é utilizada para o tratamento de cânceres relacionados aos hormônios, como pode ser o caso do câncer de ovário e do câncer de endométrio. Ela é baseada no controle da produção hormonal, podendo bloquear ou controlar essa produção para interferir no desenvolvimento do tumor. Podem ser utilizados inibidores enzimáticos ou drogas que se ligam aos receptores hormonais, por exemplo.

Cuidado paliativo

O cuidado paliativo é aquele em que existe uma abordagem que melhora a qualidade de vida de um paciente que enfrenta problemas associados a doenças que ameaçam a vida. É o cuidado responsável pela prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, os cuidados paliativos podem ser aplicados a qualquer tipo de doença (não somente o câncer), mesmo que exista proposta de cura completa.

Os cuidados paliativos podem sim estar associados a casos mais graves ou complexos, porém não se restringem a eles e englobam atitudes que devem ser aplicadas no atendimento de qualquer paciente com câncer.

A Dra. Paula Deckers realiza os exames ginecológicos essenciais para detecção precoce e prevenção do câncer, sendo especializada no tratamento cirúrgico e no acompanhamento ginecológico de pacientes oncológicas. Conte com a Dra..para cuidar da sua saúde e promover sua qualidade de vida. Entre em contato para marcar uma consulta!

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