Exame de vitalidade fetal / Perfil biofísico fetal: oque é?
O exame de vitalidade fetal é um exame que avalia o bem-estar fetal. Ele é indicado, mais comumente, após a idade gestacional de 28 semanas, em casos em que o feto possa estar comprometido por doenças maternas (pré-existentes ou não) ou outras alterações (ex: restrição de crescimento fetal).
A vitalidade fetal pode ser feita por ultrassonografia, apenas, ou por ultrassom e cardiotocografia. Geralmente, o uso exclusivo do ultrassom é reservado para pacientes com gestações entre 28-32 semanas. Contudo, a cardiotocografia pode ser indicada antes, a depender do motivo que levou à necessidade de avaliação da vitalidade.
A idade gestacional em que se deve começar a examinar a vitalidade e a frequência dessa realização também dependem do problema materno ou fetal em questão.
A nota máxima da vitalidade pode ser 8 (se não é feita cardiotocografia) ou 10, se incluir a cardiotocografia. Cada parâmetro avaliado recebe 2 pontos, se estiver em condições adequadas, ou zero, se não estiver.
Os parâmetros avaliados no ultrassom são:
– Movimentação respiratória (sim, apesar de os fetos receberem oxigênio através do cordão umbilical e não da respiração, eles apresentam movimentos de ‘treinamento respiratório’);
– Movimentação fetal;
– Quantidade de líquido amniótico (perde ponto se o líquido estiver muito baixo, porém o líquido amniótico aumentado ou baixo após a ruptura prematura de membranas não interferem na pontuação);
– Tônus fetal (grau de ativação e contração natural dos músculos).
Já na cardiotocografia, avalia-se:
– a variação e aceleração dos batimentos cardíacos fetais, verificando a média dos batimentos e se há desacelerações preocupantes do coração do feto. Além disso, registra a ocorrência de contrações;
– A depender do tipo de aparelho utilizado, a movimentação fetal também é avaliada.
Com todos esses dados, o médico consegue dar uma nota total do perfil biofísico fetal (bem-estar do feto). Em geral, notas 6 num total de 8 ou 6 a 8 num total de 10 requerem monitoração mais rigorosa, em 6, 12 ou 24 horas. Notas mais baixas do que 6 ou notas entre 6 e 8, a depender da situação clínica e idade gestacional, podem levar à necessidade de realização do parto. Nessas situações, o bebê tem mais condições de receber o que precisa fora do útero do que dentro.