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Os diferentes tipos de cistos ovarianos e seus efeitos na saúde feminina

Os diferentes tipos de cistos ovarianos e seus efeitos na saúde feminina

Os Cistos Ovarianos são comuns e, na maioria das vezes, não causam grandes problemas. Essas pequenas bolsas de líquido podem se formar em diferentes fases da vida das mulheres e frequentemente passam despercebidas, já que nem sempre provocam sintomas.

No entanto, é importante ficar atenta! Cistos maiores podem gerar dores e até levar a complicações sérias.

Compreender os diferentes tipos de cistos e como eles podem impactar sua saúde é essencial para manter seu bem-estar. Continue lendo para descobrir mais sobre os tipos de cistos, os sintomas associados e as opções de tratamento disponíveis.

O que é um cisto ovariano?

Um cisto ovariano é uma bolsa de líquido que se forma dentro ou ao redor do ovário. Embora grande parte dos cistos seja assintomática, alguns podem provocar dor pélvica e sangramento fora do ciclo menstrual. A maioria dos casos é descoberta por acaso durante a realização de exames de rotina, como a ultrassonografia.

Eles são comuns em mulheres entre 15 e 45 anos, mas podem surgir em qualquer idade. É importante destacar que a maioria dos cistos ovarianos são benignos e tendem a desaparecer sozinhos após alguns meses.

Contudo, o acompanhamento regular com um ginecologista é importante para garantir que o cisto não esteja crescendo ou provocando complicações. Em casos raros, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.

Sintomas de cisto ovariano

Os principais sinais de cistos no ovário são:

  • Dor abdominal antes ou durante a menstruação;
  • Sensação de barriga inchada;
  • Dificuldade para urinar;
  • Dor durante as relações sexuais;
  • Sangramentos fora do período de ciclo menstrual;

Tipos de cisto ovariano

Existem vários tipos de cisto ovariano, entre os mais comuns estão:

  • Cisto folicular: comum em mulheres em idade fértil, forma-se quando o folículo não se rompe. Geralmente desaparece sozinho em 4 a 8 semanas, 
  • Cisto de corpo lúteo: surge naturalmente, após a ovulação, não requerendo nenhum tipo de tratamento adicional. 
  • Cisto hemorrágico: ocorre quando um cisto folicular ou de corpo lúteo sangra internamente. Pode ser necessária uma intervenção cirúrgica, dependendo da gravidade e do tamanho do cisto e de se houve cessão espontânea do sangramento ou não.
  • Cisto dermoide (teratoma cístico maduro): contém materiais como cabelos ou dentes e, apesar de benigno, requer remoção cirúrgica.
  • Fibroma ovariano: um tumor benigno que pode crescer, especialmente na menopausa.
  • Endometrioma ovariano (cisto de chocolate): associado à endometriose, contém sangue e pode necessitar de medicação ou cirurgia.
  • Cistoadenoma: um tumor benigno que se forma na superfície do ovário e que é removido por laparoscopia.
  • Câncer de ovário ou cistos malignos: existem diversos subtipos e utilizamos algumas características de imagem, história clínica e alguns exames chamados de marcadores tumorais para inferir a possibilidade de malignidade associada ao cisto de ovário. Quando se suspeita de malignidade o tratamento é SEMPRE cirúrgico e deve ser realizado por médico ginecologista com expertise em oncologia. 

Cisto no ovário é perigoso?

Você já se perguntou se ter um cisto no ovário é perigoso? A boa notícia é que, na maioria das vezes, não é.

Os cistos ovarianos geralmente são lesões benignas que podem desaparecer por conta própria. No entanto, se um cisto for grande, apresentar risco de rompimento torção, compressão de órgão  ou causar dor, pode ser necessária a remoção cirúrgica.

O câncer de ovário é mais comum em mulheres acima dos 50 anos e raro em mulheres com menos de 30. Portanto, é importante estar atenta a sinais que podem indicar um risco maior de câncer, como cistos grandes, septos espessos ou tumores sólidos, perda de peso e presença de ascite (líquido na barriga).

Caso haja suspeita de câncer de ovário, recomendo realizar o exame de sangue CA 125, bem como outros exames de sangue chamados MARCADORES TUMORAIS como o Ca 19-9, CEA, HCG, DHL, alfafetoproteína, HE2, inibina etc.. Um valor elevado pode sinalizar risco aumentado de uma lesão cancerígena, apesar de valores negativos de marcadores tumorais não excluirem esta possibilidade. 

Quais são as complicações de um cisto ovariano?

  • Cisto maligno: o câncer de ovário deve ser sempre operado por um especialista na área, cirurgias incompletas ou com técnicas cirúrgicas e seguimento inadequado piora muito o prognóstico do paciente. A Dra Paula é ginecologista oncológica e pode lhe auxiliar em casos como este!
  •  Cisto ovariano rompido: uma ruptura de cisto ovariano costuma ser uma súbita e intensa dor unilateral na pelve. As rupturas costumam ocorrer durante um esforço físico ou relação sexual. 
  • Torção ovariana: cistos grandes podem alterar a posição do ovário, aumentando o risco de torção. Isso pode interromper o fluxo sanguíneo para o ovário, provocando dor intensa, náusea e até vômitos associados à necrose do ovário. A cirurgia deve ser emergencial na tentativa de preservar o tecido ovariano. 

Em caso desses sintomas, é essencial procurar atendimento médico imediatamente.

Tratamentos para cisto ovariano

A maioria dos cistos ovarianos é benigna e tende a desaparecer por conta própria. Medicamentos e aplicação de calor podem ajudar a aliviar qualquer desconforto que possa surgir.

Quando o tratamento se faz necessário, a abordagem escolhida dependerá do tipo de cisto. Cistos maiores, endometriomas ou cistos suspeitos de malignidade geralmente precisam ser removidos cirurgicamente.

Existem duas opções cirúrgicas principais:

Laparoscopia ou robótica: neste procedimento minimamente invasivo, o médico realiza pequenas incisões perto do umbigo e insere um laparoscópio, instrumento fino com uma câmera, para visualizar e remover o cisto. 

Laparotomia: este método envolve uma incisão maior no abdômen, permitindo ao médico acessar o cisto diretamente. É utilizada quando o cisto é suspeito de ser cancerígeno e/ou é muito volumoso.

Se você tem dúvidas sobre cistos ovarianos ou qualquer questão de saúde, estou à disposição para ajudar. Agende uma consulta e vamos cuidar do seu bem-estar. Sua saúde é minha prioridade!

Dra. Paula Deckers
Ginecologista Obstetra
Especialista em Endoscopia Ginecológica I Cirurgia Minimamente Invasiva
Ginecologista Oncológica
CRM-SP: 168.500 | RQE: 114.443
Consultas presenciais e teleconsultas

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