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Entendendo a Relação entre o Uso de Contraceptivos e a Vontade de Ter Relações Sexuais

A diminuição da libido pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo o uso de alguns anticoncepcionais. Compreender essa conexão é importante para buscar a melhor opção para você e cuidar da sua saúde sexual. É por isso que, no conteúdo de hoje, vamos conversar sobre a relação entre Anticoncepcional e Libido!

Se você tem interesse pelo assunto e quer começar a se informar antes de agendar uma consulta, este post vai te ajudar. Continue sua leitura e saiba mais!

Anticoncepcional e Libido

Como funciona a relação entre anticoncepcional e libido?

A relação entre anticoncepcional e libido é um tópico que tem sido objeto de estudo e debate ao longo das décadas. Anticoncepcionais, sejam eles pílulas, dispositivos intrauterinos (DIUs), implantes ou outras formas, são amplamente utilizados em todo o mundo para prevenir a gravidez. 

No entanto, muitas mulheres relatam mudanças na libido ao tomar essas formas de contracepção hormonal. As pílulas, por exemplo, podem afetar a libido devido às alterações nos níveis hormonais. 

Essas pílulas contêm hormônios sintéticos que podem influenciar a produção natural de estrogênio e progesterona pelo corpo. Além disso, a metabolização dos hormônios administrados externamente pelo fígado pode aumentar uma proteína, chamada SHBG, que se liga a hormônios como a testosterona, por exemplo, impedindo sua ação e afetando negativamente a libido. 

Outros efeitos colaterais possíveis do aumento do SHBG e redução dos níveis de estrogênio circulantes no sangue são: 

  • diminuição do desejo sexual (redução da iniciativa de busca pelo sexo);
  • ressecamento vaginal;
  • desconforto durante o sexo.

O grau de impacto de cada tipo de hormônio e da forma como ele é administrado (implante, injeção, oral etc), também pode afetar diferentemente os níveis hormonais e a libido. 

Não há estudos que comprovem com alto grau de certeza o impacto negativo que o uso de contraceptivos têm na libido, porém a alteração é amplamente relatada por usuárias, principalmente dos métodos orais de alta dosagem. 

Algumas formas de contracepção não hormonal, porém, como DIUs de cobre, não têm o mesmo impacto na libido que os métodos hormonais. É fundamental que as pessoas conversem com seus médicos sobre qualquer preocupação em relação ao assunto. 

Os profissionais podem ajudar a encontrar a melhor opção contraceptiva que atenda às necessidades individuais de cada paciente, levando em consideração fatores como saúde geral, estilo de vida e desejos.

Quais são os outros fatores que podem se relacionar à falta de libido?

Além das implicações dos anticoncepcionais, existem outros fatores que podem levar à diminuição do desejo sexual. É importante identificar, portanto, qual é a causa da redução da libido, para que se possa lidar da forma mais adequada com ela. 

Nas mulheres, na maior parte das vezes, as alterações de libido são multifatoriais (mais de uma causa) e são amplamente impactadas pelo sistema límbico – responsável pelas respostas emocionais. Assim sendo, o estado emocional afeta diretamente o desejo. 

Alguns dos fatores que podem estar associados a essa redução incluem:

  • Estresse e ansiedade: Preocupações constantes, pressões no trabalho, ou ansiedade podem afetar negativamente a libido. O estresse crônico pode levar a desequilíbrios hormonais que diminuem o desejo sexual;
  • Depressão: A depressão muitas vezes está ligada à perda de interesse em atividades prazerosas, incluindo o sexo. A falta de energia e motivação típicas da depressão podem impactar a libido. Além disso, muitos antidepressivos têm como efeito colateral uma redução importante na libido e, por vezes, na capacidade de atingir o orgasmo. Isso pode ser conversado com o ginecologista e com os Profissionais que acompanham a saúde mental, como o psiquiatra, para buscar formas de lidar com a questão;
  • Problemas de relacionamento: Conflitos não resolvidos, problemas de comunicação ou falta de intimidade emocional em um relacionamento podem reduzir o desejo sexual;
  • Autoestima e imagem corporal: Sentir-se insatisfeito com a própria aparência ou estar com baixa autoestima pode afetar a confiança sexual e, consequentemente, a libido;
  • Trauma passado: Experiências traumáticas, como abuso, podem influenciar no desejo sexual. Isso pode ser trabalhado em um processo de psicoterapia, por exemplo;
  • Condições sociais, religiosas e familiares: é bastante comum haver o sentimento de culpa, de ‘fazer algo errado’ ligado às crenças e valores com que cada indivíduo cresceu. 
  • Problemas de saúde: Condições médicas, como diabetes, doenças cardíacas, e distúrbios hormonais, podem afetar a libido. Além disso, certos medicamentos podem ter efeitos colaterais que diminuem o desejo sexual;
  • Mudanças na vida: Eventos significativos, como gravidez, parto, menopausa ou mesmo grandes mudanças de vida, podem afetar a libido devido a alterações hormonais e emocionais;
  • Falta de tempo e privacidade: Uma agenda lotada e falta de tempo para intimidade podem resultar em uma diminuição do desejo sexual;
  • Uso de medicações: diversas medicações podem alterar a libido – consulte seu médico. 

Lidar com a falta de libido muitas vezes envolve uma abordagem holística que considera esses fatores emocionais, psicológicos e físicos. Às vezes, a psicoterapia e/ou a terapia sexual, tanto individual quanto de casal, podem ser úteis para explorar questões subjacentes e desenvolver estratégias para melhorar a libido.

Como lidar com a relação entre anticoncepcional e libido?

Agora que já conversamos sobre outros fatores que podem levar à redução do desejo sexual, vamos trazer estratégias para quando esse aspecto está realmente ligada à relação entre anticoncepcional e libido. Confira dicas!

Converse com seu médico

A primeira e mais importante etapa é ter uma conversa franca com seu ginecologista. Ele é o especialista que podem oferecer orientações sobre a escolha do método contraceptivo que seja mais adequado ao seu corpo e às suas necessidades individuais. 

Se você está experimentando uma diminuição na libido, seu médico pode considerar alternativas contraceptivas, como opções não hormonais, ou ajustar a dosagem ou tipo de hormônio do anticoncepcional atual.

Explique seus sintomas

Ao discutir com seu médico, detalhe sobre quaisquer sintomas que esteja enfrentando. Isso pode incluir uma diminuição no desejo sexual, secura vaginal, ou outras preocupações. Quanto mais informações você fornecer, mais eficaz será o aconselhamento médico.

Avalie diferentes métodos

Existem várias opções contraceptivas disponíveis, desde pílulas até DIUs e implantes. Alguns métodos hormonais podem afetar menos a libido do que outros. Se necessário, seu médico pode orientá-la a experimentar diferentes alternativas até encontrar a que funcione melhor para você. Em alguns casos, pode ser até necessário tratamento medicamentoso para melhorar a disfunção sexual, porém as indicações são mais raras. 

Mantenha uma comunicação aberta com seu parceiro

É igualmente importante discutir suas preocupações com seu parceiro ou parceira. Compreensão emocional e adaptação às suas necessidades e gostos sexuais também são de grande importância para a relação.

Estilo de vida saudável

Uma alimentação equilibrada, exercícios regulares e gerenciamento do estresse podem ajudar a melhorar a libido. – não é balela de médico! A liberação de endorfinas e redução do cortisol provocadas pelo exercício físico geralmente têm um impacto positivo na libido. Além disso, podem levar a melhora de consciência corporal, elasticidade, resistência física e melhora da auto imagem, melhorando a experiência da relação sexual.  

Dê tempo

Às vezes, os efeitos colaterais dos anticoncepcionais na libido podem ser temporários. O ginecologista pode recomendar que você aguarde algumas semanas ou meses para que seu corpo se ajuste ao novo método contraceptivo.

A falta de libido pode ser um desafio, mas, ao abordar questões emocionais, psicológicas e hormonais com cuidado e buscar orientação médica, é possível recuperar ou melhorar o desejo sexual. Saber que existe relação entre “ANTICONCEPCIONAL E LIBIDO” é importante na hora de fazer escolhas e conversar com um médico. 

Esperamos que tenha gostado de saber mais sobre o assunto. Para mais informações, agende uma consulta com a Dra. Paula!

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