O que são?
Pólipos são proliferações anômalas de glândulas formando uma estrutura que se projeta e parece um dedo.
Os pólipos mais frequentes na ginecologia são os de endométrio (ou uterinos) e os do colo do útero (ecto ou endocervicais).
A maioria dos pólipos endometriais aparece entre os 40 e 60 anos e são assintomáticos, sendo frequentemente encontrados em exames realizados por outros motivos (como exames de rotina). Quando provocam sintomas, geralmente há sangramento uterino anormal (fluxo aumentado ou sangramento intermenstrual), sangramento após relação sexual ou sangramento após a menopausa.
Pólipos grandes ou que obstruem a saída das tubas podem também levar à infertilidade, apesar de serem menos frequentes em pacientes mais jovens.
A maioria dos pólipos são benignos. Contudo, existe uma correlação com lesões pré-cancerígenas ou cancerígenas em até 3% dos casos. Esse número aumenta conforme o tamanho do pólipo, a idade da paciente, a presença ou ausência de sintomas e de fatores de risco para câncer.
O principal exame para análise do pólipo é a histeroscopia, que permite a visualização, a retirada ou biópsia do pólipo no mesmo ato. A histeroscopia cirúrgica é aquela feita sob anestesia, em que é realizada a retirada completa do pólipo e pode ou não ser precedida por uma histeroscopia diagnóstica.
Em alguns casos, pode ser feito apenas o acompanhamento do pólipo, ocorrendo regressão em até 25% dos casos. Porém, há condições específicas para que isso seja possível.
O ultrassom transvaginal ou a ressonância magnética podem fazer diagnóstico de pólipos, mas a identificação e individualização deles é mais difícil do que na histeroscopia.
Em situações em que a histeroscopia não está disponível e é indicado prosseguir a investigação ou realizar algum tratamento definitivo, pode ser indicada uma curetagem.
Os pólipos do colo do útero podem ficar para fora do colo (ectocervicais) ou estarem dentro do canal do colo (endocervicais). Em ambos os casos, a taxa de associação com câncer é menor do que a do pólipo endometrial.
Eles geralmente causam mais sintomas, sendo a principal queixa das pacientes sangramento após relação sexual ou sangramento irregular em pequena quantidade.
A retirada dos pólipos do colo do útero pode ser feita com mais facilidade no consultório com pinças específicas, de forma rápida, pouco dolorosa e com baixa taxa de complicações. Contudo, pólipos maiores ou que entram mais no canal podem ser retirados em centro cirúrgico por histeroscopia ou curetagem.
Alguns pólipos que estão dentro do canal do colo do útero são, na verdade, pólipos endometriais grandes que se exteriorizam pelo colo.
Todos os pólipos retirados devem ser enviados para análise. Uma vez retirados por completo, os “PÓLIPOS” geralmente são considerados tratados. Entretanto, é possível que haja formação de novos pólipos após retirá-los ou que eles voltem a crescer no local de retirada anterior. Nestes casos, caso seja o desejo da paciente, pode-se realizar a histerectomia (retirada do útero) após assegurar a ausência de malignidade do pólipo.
Para evitar a recidiva, principalmente dos pólipos endometriais, é estimulado o controle de fatores predisponentes, como a obesidade e o diabetes, e realizar troca de algumas medicações . Além disso, podem ser indicados medicamentos com tipos específicos de hormônio para evitar seu retorno.
Espero ter ajudado a esclarecer suas dúvidas sobre os pólipos uterinos. Para conversar pessoalmente, agende uma consulta!
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