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Miomectomia: Como É Feita a Cirurgia para Remoção de Miomas?

Os Miomas são tumores benignos que se desenvolvem no tecido muscular do útero e podem variar em número, tamanho e localização. 

 Miomectomia_ como é feita a cirurgia para remoção de miomas

Muitas mulheres convivem com miomas sem apresentar sintomas, mas em alguns casos, quando os miomas se tornam volumosos ou causam complicações, a remoção cirúrgica pode ser necessária. 

A miomectomia é o procedimento cirúrgico que permite a retirada dos miomas sem remover o útero, sendo a opção ideal para mulheres que desejam preservar a fertilidade ou evitar a histerectomia.

Este artigo explica em detalhes como a miomectomia é realizada, quais são os diferentes tipos de cirurgia disponíveis e os principais riscos associados ao procedimento. Continue sua leitura para saber mais!

O que é a miomectomia e quando ela é indicada?

A miomectomia é a cirurgia que remove osMiomas do útero, preservando o órgão e permitindo que ele continue desempenhando suas funções normais. 

Ela é recomendada para mulheres que apresentam um ou mais sintomas como:

  • Sangramento uterino intenso e prolongado, levando a perda de qualidade de vida e/ou anemia e fadiga;
  • Dores pélvicas persistentes, que afetam a qualidade de vida;
  • Infertilidade ou abortos recorrentes, quando os miomas interferem na implantação do embrião ou no crescimento da gestação;
  • Crescimento acelerado e mantido dos miomas;
  • Compressão de órgãos vizinhos, causando dificuldade para urinar ou evacuar, ou possível comprometimento de órgãos como os rins (compressão dos ureteres).

A escolha do tipo de miomectomia dependerá do número, tamanho e localização dos miomas, bem como da experiência do cirurgião e das condições clínicas da paciente.

Vamos juntas entender as melhores alternativas para o seu caso!

Quais são os tipos de miomectomia?

A miomectomia pode ser realizada por diferentes técnicas cirúrgicas, sendo a mais adequada determinada pelo tamanho dos miomas, sua posição no útero e as condições gerais da paciente.

Miomectomia laparotômica (aberta)

A miomectomia aberta é indicada para miomas muito grandes ou múltiplos. 

O procedimento é geralmente feito por meio de uma incisão abdominal semelhante à de uma cesariana, permitindo ampla visualização e acesso ao útero.  Contudo, podem ser necessárias outars abordagens de abertura da parede abdominal. 

Após a remoção dos miomas, a parede uterina é cuidadosamente reconstruída com suturas para garantir a integridade do órgão.

Esse tipo de miomectomia geralmente requer um período de internação de 2 a 4 dias e uma recuperação mais prolongada, com retorno às atividades normais entre 4 a 6 semanas. 

No entanto, essa é uma opção bastante segura para miomas muito volumosos ou múltiplos, quando há necessidade de redução do tempo cirúrgico. 

Em alguns casos de difícil acesso por via minimamente invasiva, pode ser indicada esta via. 

Miomectomia laparoscópica ou robótica

A miomectomia laparoscópica é uma técnica minimamente invasiva, na qual pequenas incisões são feitas na região abdominal para introdução de uma câmera e instrumentos cirúrgicos. 

O cirurgião visualiza o útero em alta definição e remove os miomas com precisão, causando menos trauma aos tecidos ao redor.

A cirurgia robótica segue o mesmo princípio da laparoscopia, mas com o auxílio de um sistema robótico que permite maior precisão nos movimentos.

Essa técnica reduz o risco de complicações, proporciona menor dor no pós-operatório e permite um retorno mais rápido às atividades cotidianas. 

Porém, a retirada de miomas por técnicas minimamente invasivas, sem abertura de grandes cortes da parede abdominal, pode requerer técnicas de morcelamento ou extração dos tecidos dos miomas que aumentam significativamente o tempo operatório

Em casos de sangramentos extensos ou dificuldade de acesso por via minimamente invasiva, pode ocorrer a conversão para laparotomia. 

Miomectomia histeroscópica

A miomectomia histeroscópica é indicada para miomas localizados dentro da cavidade uterina (submucosos). 

O procedimento é realizado sem cortes externos, com um histeroscópio introduzido pela vagina até o útero. 

Pequenos instrumentos cirúrgicos são usados para fragmentar e remover os miomas.

Por ser um procedimento menos invasivo, a histeroscopia tem recuperação rápida, com alta hospitalar no mesmo dia e retorno imediato às atividades normais. 

No entanto, nem todos os miomas podem ser tratados por essa técnica, sendo necessário avaliar caso a caso. 

Além disso, pode ser necessário realizar a chamada histeroscopia em dois tempos, em que inicialmente é realizada a retirada de parte do mioma e, em um segundo momento, é retirada a segunda parte (geralmente associado ao uso de medicamentos como análogos de GnRH). 

Agende sua consulta para entendermos qual tratamento é mais indicado para o seu bem-estar e saúde!

Riscos e complicações da miomectomia

Embora a miomectomia seja uma cirurgia segura, existem alguns riscos associados ao procedimento, que variam conforme a técnica utilizada e as condições da paciente.

Os principais riscos incluem:

  • Sangramento excessivo: o útero é um órgão altamente vascularizado e a retirada de miomas pode causar hemorragia. Para minimizar esse risco, podem ser utilizadas técnicas como ligadura temporária das artérias uterinas, o uso de medicações para reduzir o tamanho dos miomas antes da cirurgia e medicações durante a cirurgia que reduzem o risco de sangramento. É fundamental um preparo pré operatório, se necessário realizando suplementação de ferro e vitaminas, para reduzir o risco de anemia pré-operatória. 
  • Formação de aderências pélvicas: após a cirurgia, pode haver formação de cicatrizes dentro da pelve, o que pode causar dor ou dificuldades reprodutivas. O uso de barreiras antiaderentes pode ajudar a reduzir esse risco.
  • Infecção: qualquer procedimento cirúrgico tem risco de infecção, mas o uso de antibióticos profiláticos, o respeito à técnicas cirúrgicas intra-operatórias e os cuidados pré, intra e pós operatórios rigorosos minimizam essa possibilidade.
  • Ruptura uterina em gestações futuras: mulheres que engravidam após uma miomectomia devem ser acompanhadas de perto, pois a cicatriz na parede uterina pode aumentar o risco de ruptura uterina durante o trabalho de parto. Em alguns casos, pode ser recomendada uma cesariana eletiva para evitar complicações.
  • Risco de outras complicações ginecológicas e obstétricas: formação de traves e aderências intrauterinas, anormalidades na inserção da placenta (placenta prévia ou acreta) e outras complicações. Geralmente, o risco dessas complicações não supera o benefício de realizar a miomectomia, quando indicada. Contudo, este é um dos motivos de discutir amplamente a indicação cirúrgica com o cirurgião. 

A miomectomia é uma excelente opção para mulheres que desejam aliviar sintomas relacionados aos miomas sem precisar remover o útero. No entanto, é fundamental discutir com um ginecologista qual é a abordagem mais indicada para o seu caso.

Se você tem miomas e deseja saber mais sobre a miomectomia, agende uma consulta para avaliarmos juntas o melhor tratamento para sua saúde!

Dra. Paula Deckers

Ginecologista Obstetra

Especialista em Endoscopia Ginecológica / Cirurgia minimamente invasiva

Ginecologista Oncológica

CRM: 168500 – SP | RQE 114443

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