O Câncer de Endométrio é aquele que se inicia na camada mais interna do útero (chamada de endométrio). Como todos os tipos de câncer, ele tem vários subtipos, sendo que cada um deles tem suas particularidades e requerem uma atenção especial.
Fatores de risco para o câncer de endométrio
Os fatores de risco do “Câncer de Endométrio” incluem:
- Obesidade;
- Terapia de reposição hormonal por tempo prolongado;
- Alterações/ síndromes genéticas (como Síndrome de Lynch);
- Nuliparidade (nunca ter parido);
- Síndrome dos ovários policísticos (SOP);
- Menopausa tardia;
- Diabetes;
- Hipertensão (pressão alta);
- Radioterapia prévia;
- Pólipos ou hiperplasia endometrial benigna;
- Uso de tamoxifeno: alguns tipos de câncer de ovário.
Fatores protetores
Por outro lado, são fatores que reduzem os riscos de ter esse tipo de câncer:
- Dieta e exercício físico;
- Uso de pílula anticoncepcional;
- Uso de DIU – de qualquer tipo;
- Multiparidade (ter vários partos);
- Prevenção da obesidade.
Principais sintomas
Assim como vários outros tipos de câncer, o câncer de endométrio pode começar a se desenvolver sem apresentar sintomas, de forma silenciosa.
Quando os sintomas começam a aparecer, eles podem incluir um ou mais dos exemplos a seguir:
Sangramento excessivo na pré-menopausa, geralmente irregular;
- Sangramento pós menopausa;
- Dor pélvica.
Diagnóstico
A confirmação diagnóstica é sempre feita por biópsia.
A biópsia pode ser realizada por histeroscopia (que é o melhor método, pois permite visualização direta do tumor e maior precisão na área de biópsia), curetagem ou por procedimentos simples de consultório como aspiração do material do endométrio — com o uso de um recurso chamado Pipelle.
Após o diagnóstico, é realizado o estadiamento radiológico, ou seja, são feitos exames de imagem como tomografias, PET e ressonância para sabermos o quão avançado o câncer está.
Tratamento
Assim como acontece com a maioria dos cânceres, o tipo de tratamento depende do estágio, da presença ou ausência de desejo de ter filhos e do estado geral da paciente.
São exemplos de tratamento ressecção do tumor, apenas associado ao uso de medicações hormonais ou DIUs, cirurgias, radioterapia, braquiterapia e/ou quimioterapia.
É possível ter câncer de endométrio e preservar o útero?
Em algumas situações especiais, quando há desejo de gestar e o tumor tem características muito específicas, sim, é possível. Muito embora a taxa de gravidez pós tratamento conservador não seja alta.
Vale conversar com seu médico sobre as suas necessidades.
Como é feito o tratamento que preserva a fertilidade?
O tratamento é baseado na administração de um hormônio chamado progesterona, que provoca a regressão do tumor. Existem 3 formas de administração:
- Uso de dispositivo intra-uterino (DIU) liberador de hormônio (Mirena);
- Uso oral (vários tipos e doses diferentes)
Após o início do tratamento, deve-se realizar avaliações a cada 3 meses através de biópsia do endométrio que pode ser realizada:
- No consultório médico através de cânulas finas que aspiram células de dentro do útero;
- No centro cirúrgico, com a realização de curetagem ou histeroscopia.
Alguns médicos solicitam também ressonância magnética da pelve para confirmar que o tumor está respondendo ao tratamento e confirmar que não há doença infiltrando o útero ou fora do útero.
Se o tumor aumentar em qualquer uma dessas avaliações ou não desaparecer 6 meses após o início do tratamento, deve-se realizar imediatamente o procedimento padrão (retirada do útero) associado a pesquisa de linfonodo sentinela, linfadenectomia ou outros procedimentos complementares .
Após um período de estabilidade, geralmente a paciente é liberada para tentativas de gestar.
Taxas de sucesso do tratamento hormonal
A taxa de sucesso (com o desaparecimento do tumor) varia nos estudos entre 63 a 96%. Porém, menos da metade destas mulheres conseguem engravidar (aproximadamente 30%).
Por isso, as pacientes precisam ser acompanhadas por um ginecologista especialista ginecologia oncológica além de um em infertilidade para explorar e entender todas as suas opções.
Quais convênios podem ser utilizados para a colocação de DIU com a Dra. Paula Deckers?
Realização da inserção de DIU pelos convênios:
- 730 l AMIL 700 NACIONAL;
- 448 l One Health, rede One Black T2;
- 694 l One Health, LINCX, LT3 NACIONAL;
- 695 l One Health, LINCX, LT4 NACIONAL.
* Emissão de nota fiscal para reembolso nos outros convênios
Saiba que você não está sozinha no combate a essa doença.
Você pode agendar uma consulta comigo entrando em contato pelo WhatsApp! Será um prazer atendê-la.
Ginecologista Obstetra
Especialista em Endoscopia Ginecológica / Cirurgia minimamente invasiva
Ginecologista Oncológica
CRM: 168500 – SP | RQE 114443
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