Transmissão do HPV: Proteja a si e ao seu parceiro/a

O Papilomavírus Humano (HPV) é um vírus que pode ser transmitido sexualmente, apesar de também existirem outras formas de transmissão. Ele é bastante comum em todo o mundo, afetando milhões de pessoas de todas as idades.

A infecção persistente pelo vírus, notadamente de determinadas cepas, pode levar a problemas de saúde graves como o câncer de colo uterino (de cérvice ou cervical), o câncer de vulva e vagina, o câncer de reto e canal anal e o câncer orofaríngeo, além de outras doenças. Por isso, é fundamental se informar sobre o assunto.

Aproximadamente 80% das pessoas terão contato sexual com o HPV alguma vez na vida. A boa notícia é que a infecção e a transmissão do vírus podem ser prevenidas. Neste artigo, exploraremos como você pode proteger a si mesmo e ao seu parceiro ou parceira. Tenha uma boa leitura!

Transmissão do HPV: Proteja a si e ao seu parceiro/a

O que é o HPV?

O “HPV” é um vírus altamente transmissível que pode ser transmitido entre humanos através do contato direto entre pele e mucosas afetadas pelo vírus ou por secreções produzidas nas áreas afetadas (secreção peniana, anal, vaginal, saliva etc). Assim sendo, a transmissão pode ocorrer durante relações sexuais orais, vaginais e anais.

Existem vários tipos de HPV, sendo que pelo menos 14 deles são considerados de alto risco, ou seja, são tipos frequentemente encontrados em portadores de câncer associados à infecção persistente pelo vírus.

Entendendo a Transmissão do HPV

A transmissão do HPV ocorre principalmente através do contato direto com a pele ou mucosas infectadas. O uso de preservativos pode reduzir significativamente o risco de transmissão, embora não ofereça proteção completa devido à possibilidade de exposição a áreas não cobertas pelo mesmo.

Durante o sexo oral, também, é fundamental manter o uso de métodos de barreira.

Brinquedos sexuais também podem ser uma fonte de transmissão, sendo fundamental encapar estes brinquedos com preservativos se eles forem usados junto com alguém, além de lavá-los com água e sabonete abundante e realizar higienização com álcool 70% após o uso.

Além dessas, outros exemplos de formas de transmissão incluem:

Contato direto com a pele: O HPV pode ser transmitido através de qualquer forma de contato íntimo com a pele, incluindo o contato genital, anal ou oral ou contato não sexual. O contato não sexual é comum quando há lesões visíveis tipo verrugas.
Transmissão vertical: O HPV também pode ser transmitido de mãe para filho durante o parto, apesar de mais raro. Esta forma de contágio também ocorre de forma mais frequente quando há lesões ativas na vulva ou vagina.

A Prevenção do HPV: Estratégias Eficazes

A prevenção do HPV é a chave para reduzir o risco de desenvolvimento de câncer e outras doenças associadas ao vírus. Aqui estão algumas estratégias eficazes para se proteger e proteger seu parceiro ou parceira:

Vacinação: A vacina contra o HPV é uma das ferramentas mais poderosas na prevenção. Ela está disponível pelo SUS para meninas e meninos de 9 a 14 anos e para homens e mulheres imunossuprimidos até os 45 anos. Contudo, ela pode ser administrada fora destas faixas etárias de forma particular. Informe-se com seu médico sobre sua indicação de vacinação e os tipos de vacina existentes!
Uso de preservativos: Embora os preservativos não ofereçam proteção total contra o HPV, eles reduzem significativamente o risco de transmissão e são muito importantes mesmo para as pessoas vacinadas. O uso consistente e correto de preservativos durante todas as formas de atividade sexual é altamente recomendado e previne a transmissão de outras ISTs (infecções sexualmente transmissíveis).
Comunicação aberta: Discutir a história sexual e o status de saúde sexual com seu parceiro é crucial para uma prevenção eficaz do HPV e outras ISTs.
Exames regulares de detecção: Mulheres devem realizar exames de Papanicolau (citologia cervical) regularmente, conforme recomendado por seu médico. Em alguns casos pode ser indicada também a citologia anal. Esses exames podem detectar alterações precoces no colo do útero, vagina e canal anal que podem ser tratadas antes de se tornarem cancerígenas.

Protegendo Seu Parceiro e Você Mesmo

Além das estratégias de prevenção já mencionadas, há outras medidas que você pode tomar para proteger a si mesmo e ao seu parceiro contra o HPV:

Não ter relações sexuais com parceiros que apresentem verrugas genitais ou verrugas nos dedos, boca, etc. As verrugas genitais são um sinal claro de infecção pelo HPV e devem ser um alerta para evitar o contato sexual até que o parceiro tenha sido tratado.
Uso de métodos de barreira no sexo oral e anal.
Higiene adequada de brinquedos sexuais – conforme acima mencionado .

Vacinação Contra o HPV: Uma Ferramenta Poderosa

A vacina é altamente eficaz na prevenção de infecções pelos tipos de HPV mais comumente associados ao câncer e às verrugas genitais.

A imunização completa geralmente requer duas ou três doses, dependendo da idade no momento da primeira vacinação e do ‘status imunológico’ do paciente.

Vale lembrar, porém, que a vacinação não dispensa a necessidade do uso de preservativos para a prevenção.

O Papel dos Exames de Detecção na Prevenção do HPV

Os exames de detecção desempenham um papel crucial na prevenção das complicações a longo prazo do HPV, como o câncer de colo uterino. O exame de Papanicolau e o teste de HPV são exemplos de ferramentas valiosas para detectar alterações precoces no colo do útero que podem indicar infecção pelo vírus e/ ou lesões precursoras de câncer. Mulheres devem seguir as recomendações de seus médicos sobre a frequência desses exames.

A prevenção do HPV é fundamental para reduzir o risco de câncer e outras doenças associadas ao vírus. Com a vacinação, o uso de métodos de barreira, a comunicação aberta com os parceiros e os exames regulares de detecção, é possível proteger a si mesmo e aos outros.

Esperamos que o conteúdo tenha ajudado. Para agendar uma consulta com a Dra. Paula, você pode entrar em contato pelo WhatsApp!