Sintomas de Tumor de Ovário: Como Identificar os Sinais

O Tumor de Ovário possui uma tendência de não provocar muitos sintomas em seus estágios iniciais. Neste artigo, exploraremos alguns exemplos de sinais e sintomas e quando eles ocorrem. Continue sua leitura para saber mais! Vamos lá?

O Que São os Ovários?

Os ovários são componentes importantes do sistema reprodutivo feminino, responsáveis pela produção de óvulos e hormônios como estrogênio, progesterona e testosterona. Tumores ovarianos podem ser benignos (não cancerígenos) ou malignos (cancerígenos), e a distinção entre esses dois tipos é crucial para o tratamento e manejo.

Quais Considerações São Importantes Sobre Sinais e Sintomas de um Tumor de Ovário?

A detecção precoce dos tumores ovarianos possibilita tratamento precoce e mais eficaz desta condição. Entretanto, ainda não há um exame realmente efetivo para a realização do rastreamento e detecção precoce destes tumores.

Muitas vezes, eles são descobertos acidentalmente em seus estágios iniciais, durante exames solicitados por outros motivos como o ultrassom transvaginal ou pélvico, a ressonância magnética e a tomografia. Saber sobre sinais e sintomas de um “Tumor de Ovário” é muito importante para que essa condição seja detectada o quanto antes. Confira algumas considerações a seguir!

A Possível Ausência de Sintomas ou Sinais

Como mencionado na introdução, o tumor de ovário pode permanecer silencioso durante os estágios iniciais, geralmente sendo detectado, nesses momentos, por exames de rotina ou por exames solicitados por outros motivos.

Possíveis Sintomas Sutis ou Vagos

Os sintomas de tumores ovarianos, quando aparecem, frequentemente são vagos e facilmente confundidos com condições menos graves, como problemas digestivos, alterações de funcionamento intestinal e cólicas menstruais. No entanto, a atenção a sinais sutis pode ser a chave para a detecção precoce.

Exemplos destes sintomas incluem:

Distensão ou inchaço abdominal: Um dos sinais mais comuns, que pode ser acompanhado por uma sensação de plenitude mesmo após uma refeição leve.

Dor pélvica ou abdominal: Pode variar de uma dor leve e constante a episódios de dor aguda e pontual.

Mudanças nos hábitos intestinais: Incluindo constipação ou diarreia, podem indicar a presença de um tumor de ovário pressionando os órgãos circundantes.

Necessidade frequente de urinar ou dificuldade para urinar: Um aumento na frequência ou urgência urinária, sem uma infecção aparente, pode ser um sinal de alerta, assim como dificuldade para esvaziar completamente a bexiga.

Entretanto, todos os sintomas acima podem estar presentes em diversas outras condições, mais frequentes do que alterações nos ovários, sendo necessário fazer o diagnóstico diferencial.

Possíveis Sintomas Progressivos

À medida que um tumor de ovário cresce, ele pode começar a afetar o corpo de maneiras mais notáveis. Estes são alguns exemplos dos sintomas que podem se desenvolver nesses casos:

Sensação de saciedade rápida ao comer: A incapacidade de comer porções normais pode ser um sinal de que o tumor está ocupando espaço no abdômen.

Perda de peso inexplicada: Embora possa ser bem-vinda por alguns, a perda de peso sem tentativa pode ser um sinal de algo mais sério.

Alterações menstruais: Períodos irregulares (aplica-se aos tumores produtores de hormônios) ou menstruações especialmente dolorosas podem ser um indicativo de problemas nos ovários.

Dor durante a relação sexual: Este pode ser um dos sintomas mais desconfortáveis e indicativos de problemas ginecológicos, incluindo tumores ovarianos.

Aumento do volume abdominal: seja por ascite (líquido que aparece, geralmente em tumores malignos, ou pelo volume do tumor de ovário.

Fatores de Risco dos Tumores de Ovário

É igualmente importante saber sobre fatores de risco desse tipo de tumor. Esses fatores aumentam os riscos e a probabilidade de desenvolver essa doença, mas vale lembrar que qualquer mulher, tendo ou não essas características, pode desenvolvê-la.

São exemplos de fatores de risco:

Histórico familiar: Mulheres com histórico familiar de câncer de ovário, mama ou colorretal têm um risco aumentado.
Idade: O risco de desenvolver câncer de ovário aumenta com a idade, sendo mais comum em mulheres após a menopausa.
Fatores genéticos: Mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 aumentam significativamente o risco de câncer de ovário.
História de alterações ovarianas prévias: mesmo que cistos benignos – alguns cistos benignos podem ter a tendência a reaparecer em porcentagem significativa dos casos. Um bom exemplo é o teratoma.

Apesar desses fatores, há medidas que as mulheres podem tomar para reduzir seu risco, como discussões com seu médico sobre o rastreamento genético e opções de cirurgia preventiva para aquelas com alto risco genético para câncer de ovário.

Diagnóstico e Tratamento do Tumor de Ovário

Exames físicos regulares, exames de imagem e exames de sangue denominados ‘marcadores tumorais’ (exemplo: CA-125, CEA, alfafetoproteína, DHL, CA 19-9, HCG) podem ajudar no diagnóstico dessa condição. No entanto, é importante notar que esses exames geralmente são abertos a diversas interpretações e devem ser usados em conjunto com uma avaliação clínica completa.

Quando um tumor de ovário é suspeito ou diagnosticado, a depender das características do tumor, pode ser realizado apenas acompanhamento clínico, pois muitos cistos são, na verdade, produto da ovulação. Bons exemplos são os cistos de corpos lúteos, cistos simples ou cistos hemorrágicos.

Contudo, o seguimento é fundamental pois caso não haja desaparecimento dos cistos ovarianos ou se suas características não permitem excluir malignidade, ou se há suspeita de determinados tipos de tumor, o tratamento geralmente é cirúrgico. A extensão da cirurgia varia muito de acordo com a suspeita inicial, a idade da paciente, os achados de exames iniciais e o resultado da congelação intraoperatória.

A congelação intraoperatória é uma análise feita por um médico patologista, durante o procedimento cirúrgico. É realizada análise baseada nos dados fornecidos pelo cirurgião e na avaliação da peça cirúrgica no microscópio, podendo ser uma ferramenta útil para dizer se a estrutura retirada é benigna ou maligna.

Se confirmado que o tumor é um câncer, a cirurgia geralmente é mais extensa e envolve avaliação e retirada de outras estruturas pélvicas. Além disso, pode ser indicada quimioterapia antes, durante e/ou após a cirurgia, dependendo da situação e do tipo de tumor encontrado. A radioterapia é raramente indicada em tumores de ovário e geralmente é uma conduta de exceção, em casos específicos.

A abordagem ao tratamento e gestão de tumores de ovário é altamente individualizada, levando em consideração fatores como o estágio do tumor, o tipo histológico, a idade da paciente e suas condições de saúde gerais. A colaboração entre a paciente e uma equipe multidisciplinar de especialistas em saúde é fundamental para desenvolver o plano de tratamento mais eficaz e compatível com as necessidades e objetivos de cada uma.

Além disso, a qualidade da cirurgia na retirada de tumores de ovário e determinados cuidados na manipulação destes tumores são fundamentais para determinar o prognóstico da paciente em casos de câncer. Em tumores benignos, a qualidade da cirurgia pode muito afetar a chance de retorno do tumor e o potencial reprodutivo da paciente. Por isso, é muito importante consultar o seu médico e avaliar se ele está capacitado para este tipo de cirurgia, ou procurar um ginecologista oncológico.

O tumor de ovário é uma condição que precisa ser comentada entre as mulheres, trazendo conhecimentos verdadeiros sobre suas características e formas de detecção. Não deixe de procurar um profissional se você tem alguma dúvida, se está na hora de fazer uma avaliação rotineira ou se você tem algum sintoma.

A Dra Paula Deckers possui especialização em ginecologia oncológica e cirurgia minimamente invasiva, estando capacitada para lidar com este tipo de condição de saúde.

Esperamos que o conteúdo tenha ajudado. Para mais informações sobre o trabalho da Dra. Paula, você pode entrar em contato pelo WhatsApp!