Atendimento
Segunda a Sexta, das 8h às 20h

Por que adolescentes não podem ter o diagnóstico da Síndrome de Ovários Policísticos? 

A Síndrome de Ovários Policísticos (SOP) é uma condição que pode ser diagnosticada apenas alguns anos depois da primeira menstruação. Por isso, o diagnóstico dessa condição na adolescência pode ser um tanto quanto problemático e é comum ouvirmos relatos de pacientes que tinham SOP quando eram mais novas e que isso ‘sumiu’ na vida adulta. 

Hoje vamos conversar com mais detalhes sobre o assunto. Continue a leitura e confira!

O que é a síndrome de ovários policísticos?

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma condição hormonal comum que afeta pessoas com ovários em idade reprodutiva. Ela pode se caracterizar por uma variedade de sintomas, que podem ou não incluir pequenos cistos nos ovários, além de desequilíbrios hormonais e sinais físicos como o aumento de pêlos em locais de distribuição tipicamente masculinos. 

Além dos sintomas físicos, a SOP está associada a maior predisposição a problemas de saúde a longo prazo, como resistência à insulina (que pode levar a diabetes tipo 2), alguns tipos de câncer, obesidade e doenças cardíacas.

O tratamento da SOP visa aliviar os sintomas e prevenir complicações. Pode incluir mudanças na alimentação, medicamentos para regular os ciclos menstruais e ação direcionada aos sintomas individuais. 

Um acompanhamento médico regular é essencial para gerenciar eficazmente a síndrome de ovários policísticos e melhorar a qualidade de vida. A atividade física é um pilar essencial do tratamento.

Embora a causa exata seja desconhecida, fatores genéticos desempenham um papel importante.

Adolescentes podem ter o diagnóstico da síndrome de ovários policísticos? 

Síndrome de Ovários Policísticos

A síndrome dos ovários policísticos só pode ser diagnosticada de forma certeira após oito anos da primeira menstruação. Desta forma,  durante a adolescência, geralmente é possível apenas verificar a maior ou menor probabilidade de desenvolver esse quatro. 

Isso porque, durante os anos iniciais após a primeira mensturuação, existe uma imaturidade do eixo que controla a produção hormonal, e os ‘desequilíbrios’ hormonais , ausência de ovulação, ciclos irregulares e presença de sintomas como acne e aparecimento de alguns tipos de pêlos pode ser normal. 

Os sintomas da SOP não são necessariamente indicativos imediatos da síndrome. Eles podem ocorrer porque o corpo passa por muitas mudanças hormonais durante a adolescência, e adaptações naturais podem ser confundidas com sinais precoces da SOP.

Os sintomas da SOP, como menstruação irregular, acne e excesso de pelos, também podem ser observados em adolescentes que não têm a síndrome. É crucial exercer cautela ao lidar com essas estimativas. 

Quais os riscos do diagnóstico incorreto da síndrome de ovários policísticos na adolescência?

O diagnóstico incorreto de SOP em adolescentes pode levar a medidas de tratamento desnecessárias ou exageradas, o que pode ter efeitos adversos no desenvolvimento e saúde emocional.

Um acompanhamento médico qualificado e regular é fundamental para qualquer adolescente que apresente sintomas ou preocupações em relação à SOP. Isso permitirá a monitorização ao longo do tempo e a detecção de mudanças significativas. 

Em muitos casos, as adaptações naturais do organismo podem se resolver por si mesmas com o tempo, sem a necessidade de intervenções e sem a necessidade de se preocupar com outras alterações na saúde metabólica, física e reprodutiva.

Portanto, é essencial que os médicos adotem uma abordagem cuidadosa e baseada em evidências ao avaliar e tratar pacientes jovens, evitando diagnósticos prematuros e tratamentos excessivos. A paciência e o acompanhamento adequado são essenciais para garantir que as necessidades de saúde das adolescentes sejam atendidas de forma apropriada e responsável.

Em resumo, o diagnóstico da “Síndrome de Ovários Policísticos” só é possível após oito anos depois da primeira menstruação. Contudo, a partir de 2 anos após a primeira menstruação, podemos começar a observar pacientes que podem ter ‘risco aumentado para SOP’ no futuro. Portanto, é preciso ter cuidado ao considerar os sintomas dessa condição em adolescentes, informar pacientes e responsáveis e manter o acompanhamento clínico.

Esperamos que o conteúdo tenha ajudado. Para conferir a disponibilidade de horários da Dra. Paula, você pode entrar em contato pelo WhatsApp!

Leia também:

HPV: Como é transmitido e quais as formas de contrair o vírus

Miomas Uterinos: O que são e como é o diagnóstico?


O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 0 / 5. Número de votos: 0

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.