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 Infecção urinária

Por que a infecção urinária é mais frequente nas mulheres?

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A uretra feminina (canal por onde sai a urina) é próxima à vagina e ao ânus, ambos locais normalmente colonizados por  várias bactérias. Além dessa particularidade, a uretra feminina também é mais curta que a masculina, medindo apenas 4cm. Isso facilita  a ascensão das bactérias  para a bexiga, o que provoca a infecção urinária — chamada de cistite. Além da bexiga, também de forma ascendente, os rins podem ser afetados e causar uma infecção mais grave, chamada de pielonefrite. 

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Quais são os sintomas da infecção urinária?

Os sintomas mais comuns da infecção urinária são:

  • dor/ardor para urinar;
  • urgência para urinar;
  • dor no baixo ventre;
  • presença de sangue na urina;
  • presença de mal cheiro na urina;
  • mudança da coloração da urina;
  • sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
  • urinar com muita frequência em pequenas quantidades;
  • dor lombar;
  • febre. 

Cuidado, pois alguns dos sintomas acima podem também estar presentes em outras condições, como a nefrolitíase (pedra nos rins), candidíase vaginal, infecção por clamídia/ gonorreia e dores osteomusculares, entre outras. Por isso, a paciente deve ser avaliada por um médico com o objetivo de excluir outras causas. 

Quais exames devo fazer?

Em mulheres jovens, é permitido realizar o tratamento empírico, ou seja, tratar a infecção urinária com antibiótico mesmo sem  exame de comprovação do problema. 

Contudo, se as queixas forem recorrentes, se a paciente for gestante ou imunossuprimida, se houver falha do tratamento, dúvida diagnóstica ou pielonefrite é necessário realizar uma cultura de urina. A cultura de urina  e urocultura é um exame em que se tenta identificar a bactéria causadora da infecção e a sensibilidade dessa bactéria a diversos tipos de antibióticos. 

A cultura é um exame que demora em média de 3 a 4 dias para ficar pronta, porém não é necessário aguardar o resultado para iniciar o tratamento. Após o resultado da  cultura pode ser necessária a troca de antibióticos por um outros mais adequados para a bactéria identificada. 

O exame de análise da urina (urina 1), geralmente fica pronto em poucas horas e pode ser uma boa maneira de ‘triar’ se o paciente tem infeção ou se seus sintomas podem ser relacionados a outra causa, mas a conclusão definitiva é só com a urocultura. Em alguns casos específicos, pode também ser necessário realizar tomografia ou ultrassonografia para avaliar os rins, mas as indicações são mais restritas. 

Como posso evitar infecções urinárias?

Confira alguns dos cuidados principais:

  • sempre realizar a higiene com papel de frente para trás, evitando levar bactérias das regiões vaginal e anal para a uretra;
  • urinar após as relações sexuais, pois esse é um momento em que pode haver maior fricção na região da uretra, facilitando a penetração de bactérias;
  • evitar passar do sexo anal para o vaginal;
  • manter bons hábitos de higiene pessoal;
  • beber água e não ficar ‘segurando’ o xixi. 
  • tratar/controlar fatores que contribuem para a infecção, como a diabetes, hipoestrogenismo (queda do estrogênio próximo ou após a menopausa), diarréia e doenças neurológicas que afetam o funcionamento da bexiga. 

Em casos de infecções repetidas / recorrentes,  requere-se um tratamento profilático com antibióticos além dos cuidados comportamentais acima. 

Infecção urinária recorrente ou de repetição

A infeção urinária recorrente, ou infecção de repetição, é a infecção urinária COMPROVADA POR UROCULTURA que acontece pelo menos 2 vezes em 6 meses ou 3 vezes em 1 ano. 

O tratamento depende da idade do paciente e das características da ocorrência das infecções. 

Em crianças, além de modificação dos hábitos de higiene, é importante não deixar fraldas sujas, etc. Pode ser necessário investigar malformações do trato urinário. 

Em mulheres adultas, é frequente ter infecção urinária com inicio de sintomas 1 ou 2 dias após as relações sexuais. Nesse caso, além das medidas comportamentais, pode ser necessário realizar o uso de uma dose profilática de antibióticos apenas nos dias em que tiver relações. 

Em outros casos, pode ser necessário realizar profilaxia com uso contínuo de uma dose baixa de antibiótico por 3 a 6 meses, além do   controle de outros fatores contribuintes para a infeção — citados em INFECÇÃO URINÁRIA. 

Existem também algumas formas de prevenção que não têm evidências suficientes para serem recomendadas de rotina, mas que podem ajudar em casos individuais,  como o uso de suco/chás ou suplementos de cranberry. 


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