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O que é?

A endometriose é uma doença caracterizada pela presença de células da camada mais interna do útero – chamada de endométrio – fora do ambiente uterino.

Ela pode acometer diversos órgãos, mas mais comumente afeta as estruturas mais próximas, como o aparelho urinário (bexiga e ureteres), o trato gastrointestinal, as trompas, os ovários, o peritônio (estrutura que recobre toda a parede abdominal) e os ligamentos do útero.

A causa da endometriose é multifatorial e pouco esclarecida, podendo ter interferência de fatores genéticos e fatores externos. Existe uma teoria que associa a endometriose à uma menstruação retrógrada através das trompas, havendo queda e implantação de células do endométrio nas estruturas do abdome e da pelve.

Quais são os sintomas da endometriose?

Os sintomas mais clássicos são os 5 Ds (abaixo), porém a ausência desses sintomas ou a presença de sintomas diferentes não exclui a possibilidade do diagnóstico de endometriose. Os ‘5D’s’ são:

DOR PÉLVICA

Pode ser apenas no período menstrual ou contínua. Em um ciclo normal, ocorrem alterações hormonais que preparam o endométrio para receber um embrião. Quando não há implantação do embrião no útero o endométrio descama e sangra – havendo o sangramento vaginal que chamamos de menstruação – e um novo ciclo é iniciado.

Os focos de endométrio que estão fora do útero também são estimulados e apresentam sangramento. O sangue que está dentro do abdome não sai pela vagina e é reabsorvido aos poucos pelo organismo, contudo, por ser uma substância altamente irritativa, até que ele seja absorvido pode haver dor.

Independentemente de tudo isso, a endometriose está comprovadamente associada a um estado de maior ativação de inflamação, por sua vez provocando dor. A inflamação crônica pode provocar uma espécie de sensibilização dos receptores nos nervos e nos tecidos, resultando em um ciclo contínuo em que a dor é sempre perpetuada. A dor também pode ser decorrente da infiltração de órgãos e nervos.

DISPAREUNIA (dor nas relações sexuais)

Ocorre geralmente por acometimento do peritônio e dos ligamentos próximos ao útero.

DISÚRIA (dor para urinar)

Pode ocorrer durante o período menstrual ou ser crônica. Quando todas as camadas da bexiga são acometidas, pode ocorrer sangramento na urina.

DISQUESIA (sensação constante de querer evacuar)
DOR RETAL OU DOR PARA EVACUAR

Podem surgir durante o período menstrual ou ser crônicas. Quando a camada mais interna do intestino é acometida pode ocorrer sangramento nas fezes.

DIFICULDADE PARA ENGRAVIDAR

A endometriose pode alterar o formato e a saúde dos ovários e das trompas, que são as estruturas responsáveis por produzir e transportar os óvulos, respectivamente. Além disso, a inflamação contínua associada à endometriose pode criar um ambiente hostil para uma gravidez.

DESENHO DE UTERO COM ESTRUTURAS ADJACENTES

Como investigar a endometriose?

O médico geralmente faz a suspeita diagnóstica após conversar detalhadamente com a paciente sobre os sintomas apresentados e examiná-la. A confirmação é feita com o auxílio de exames ou durante um procedimento cirúrgico em que alterações típicas de endometriose são detectadas.

Os principais exames solicitados são a ressonância magnética e o ultrassom com preparo intestinal, voltados especificamente para o diagnóstico de endometriose. Podem ser necessários exames complementares a depender das queixas ou das estruturas que estão acometidas.

Qual o tratamento da endometriose?

DEPENDE. O tratamento pode ser feito bloqueando a menstruação e adotando estratégias para o controle de sintomas. Na maioria das vezes, esse tipo de tratamento não leva à regressão da doença, mas pode evitar sua progressão. Quando algumas estruturas específicas estão acometidas, quando há falha do tratamento clínico ou quando há risco de obstrução do intestino, infertilidade ou progressão da doença, a cirurgia para a retirada dos focos de endometriose pode ser indicada.

Qual o tratamento da endometriose?

A cirurgia para endometriose deve sempre visar a retirada completa dos focos de da doença. Na maior parte das vezes é feita por via minimamente invasiva (videolaparoscopia ou robótica), mas pode também ser feita por via aberta. Pode ser necessária a abordagem por médicos de diferentes especialidades – como cirurgiões do aparelho digestivo ou urologistas – em conjunto com cirurgiões ginecológicos.

Sendo adotados o tratamento clínico ou o cirúrgico, tratar a endometriose SEMPRE envolve manter um estilo de vida que reduza a INFLAMAÇÃO e ESTRESSE FÍSICO E MENTAL no corpo. Alimentação anti-inflamatória saudável, cessação de tabagismo, redução do consumo de álcool, prática de exercícios físicos e técnicas de relaxamento e mindfulness são essenciais para a melhora dos sintomas.

Minha endometriose pode voltar?

INFELIZMENTE SIM. Contudo, existem estratégias que podem ser adotadas para postergar, minimizar ou evitar que isso aconteça!

Agende uma consulta e entenda qual o melhor caminho para tratar da endometriose!